terça-feira, 24 de janeiro de 2012

28 semanas de Isadora

Isadora completa 28 semanas de vida intra-uterina na sexta-feira e entramos oficialmente no 3º trimestres de gravidez.
Ela está grande e forte... eu posso sentir, mesmo só sabendo peso e medida de quando estava com 24 semanas (último ultrassom que fizemos). Dá suas cambalhotas e saltos mortais durante o dia todo, mais intensamente de manhã antes de eu chegar ao trabalho, quando ouve as músicas dos anos 80 no rádio; também depois do almoço, às 16h30 (quanto tomo meu lanchinho da tarde) e lá pelas 23h... e aí fica bagunçando até a hora de dormir, quando deitamos os três (eu, ela e papai geek) tranquilos na cama, pra acordar só com o despertador e alguns chutes no dia seguinte, às 6h30. Hehe... tenho certeza que ela será meu despertadorzinho biológico.
Adora vários estilos de música, principalmente por sua mãe passar quase o dia todo ouvindo (quase) todo tipo de som; e interage com a música várias vezes dando pulinhos consecutivos, chutando ou espreguiçando-se (quando eu sinto ela de dois lados da barriga).
Sinto sua cabeça (oi, cabeçudinha) pressionando quase sempre do lado esquerdo, um pouco acima do meu umbigo (oi? cadê o umbigo?), e de vez em quando uma pressão nas costelas. E converso muito com ela pra que não enfie os pezinhos por baixo das costelas, como ouço muitas grávidas relatando por aí. Mas ela gira muito e fico tentando doutriná-la falando pra quando chegar a hora do parto ela virar pra baixo, "vá pra luz" (hahahaha).
Nessa fase da gestação, as unhas do bebê já estão se desenvolvendo e ele está coberto por uma fina lanugem que o protege, mas que tende a diminuir até o momento do nascimento (senão teríamos muitos bebês peludos). Essa também é a fase em que o bebê faz suas reservas de gordura, que ajudarão a aquecê-lo no mundo extra-uterino. Por isso também é quando as mães engordam mais proporcionalmente ao restante da gravidez.

Infográficos da revista Crescer sobre o desenvolvimento do bebê no 3º trimestre e as transformações na gestante:
- o bebê começa a perceber os sabores, os cheiros e as oscilações de claridade com mais nitidez;
- as gengivas têm alvéolos dentários que mais tarde se transformarão nos dentes;
- os músculos se desenvolvem, preparando o corpo para nascer;
- crescem as células de gordura e o bebê ganha peso;
- a íris dos olhos ainda é azul e deve mudar de cor depois do nascimento;
- os pelos (lanugos) começam a cair;
- as unhas continuam crescendo (muitos bebês nascem com elas compridas);
- a pele está rosada e desenrrugando-se;
- as pontas dos dedos ganham sulcos para definição das impressões digitais;
- os pulmões produzem o surfactante, substância essencial para seu funcionamento fora do útero:
- o sistema imunológico está desenvolvido.

Transformações na gestante:
- o pulmão trabalha a todo o vapor, capturando 20% a mais de oxigênio que normalmente absorvia;
- há o ganho de 4 litros a mais de sangue nessa última fase, o que o corpo faz sabiamente, considerando a perda de sangue durante o parto;
- certa de 1/6 do total de sangue do corpo da mãe está concentrado nas veias do útero;
- os seios ficam pesados e volumosos, com alguns nódulos (pode já começar a produzir o colostro – substância que sai antes do leite materno);
- as veias ficam mais dilatadas e visíveis por conta do aumento do peso e da quantidade sanguínea;
- o diafragma se eleva e inclina-se, abrindo espaço para o bebê que ocupa todo o espaço que pode;
- a barriga fica cada dia mais rígida e no final do trimestre começa a descer, refletindo a movimentação do bebê em direção ao canal vaginal.

Fiz semana passada os exames de sangue pedidos pela médica nessa altura da gestação. São exames comuns usados para detectar se há diabete gestacional, como está o nível de ferro no sangue (que é muito consumido pelo feto, portanto, muitos alimentos com ferro), verifica-se novamente se há presença de antígenos para os vários tipos de hepatite e muitas vezes confirma-se o Rh da mãe (se for Rh negativo, é chegada a hora de tomar a vacina anti-D para evitar problemas na hora do parto, caso o bebê tenha Rh positivo). Levanto-me da frente do computador várias vezes ao dia, caminho, bebo água, tenho preferido descer e subir pelas escadas aqui da editora em vez de usar o elevador... tudo pra tentar evitar as dores nas costas e o inchaço das pernas (que, ainda bem, até agora não sei nem o que são).
Próxima consulta com a médica será somente dia 6 de fevereiro... e até lá já serão contabilizadas 29 semanas completas. Como toda futura mãe na era da tecnologia, estou ansiosíssima pra rever essa espoleta no ultrassom (é mais de saudade que qualquer outra coisa). E aí será época de visitar maternidades e escolher, finalmente, em que lugar a pequena verá a luz do mundo aqui fora pela primeira vez. De uma coisa já temos certeza: tem de ter sofá bom pro maridão poder dormir confortavelmente ao meu lado no quarto... mas melhor seria se tivesse duas camas, não? Fica aí a dica pras maternidades investirem em melhorias na hotelaria hospitalar...

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